Existir é a nossa tarefa, o como existir é um dilema cotidiano.

O estranhamento de não se conhecer pois somos feitos de vários e muitos eus

Nós não temos determinações, é uma liberdade enorme diante de infindas possibilidades de existências, daí vem a responsabilidade de sermos quem somos e quem queremos ser.

Há sempre algo que já estava posto no mundo antes de nós também e podemos captar isso como aportes para o nosso ser, porém não somos fixos. Precisamos de espaço para fluidez e diversas possibilidades de ser.

O mundo é fluido e vamos tentando nos encontrar diante dessa fluidez, pendendo entre movimentos e sentidos autênticos e não autênticos, próprios ou emprestados do mundo.

Sobre as experiências e desafios

Nossas vidas se deparam constantemente com inúmeras possibilidades, sempre estamos escolhendo quais possibilidades “aproveitar”. Geralmente fazemos isso tendo alguma noção de quais e de como são as consequências emocionais e psicológicas dessas experiências, vamos de acordo com aquilo que conseguimos prever e que talvez já conheçamos melhor que outras.

Ainda assim nunca vamos realmente ter certeza de nada, além de que as coisas não permanecem e por isso é preciso explorar as possibilidades.

Podemos pensar, por esse lado, que, já que nada permanece o mesmo pra sempre, também não precisamos colocar tanto peso nas nossas tentativas e experimentações, se não der certo é só continuar tentando até que dê. Não que seja fácil, mas durante o processo terapêutico vemos que não é impossível.

Um facilitador é ter algo que motiva, um sentido, e por fim, um compromisso com esse sentido.

Passamos por momentos de utilizar motivações e sentidos externos, como se apoiar em compromissos com os outros e motivos emprestados de pessoas que nos inspiram. Porém de fato, o que mais facilita é a confiança.

Conhecendo seus valores fica mais fácil estabelecer e atribuir seus sentidos próprios. Conhecer seus motivos de forma própria e intrínseca, ter confiança em si mesmo para seguir e experimentar novas possibilidades, altera o curso dos caminhos da vida de maneira significativa e surpreendente.

Na terapia vamos juntos compreender os sentidos do seu mundo, conhecer seus valores, navegar por experiências diversas até que você consiga viver de forma plena sua autenticidade. Sempre com cuidado.

Marina Lúcio Psicóloga / CRP MG 04/74007

Quem o eu é, só ele mesmo pode saber, dizer, realizar, mesmo porque, nesta compreensão angustiada de seu ser, o eu compreende que ninguém pode viver por ele sua vida, assim como ele não pode ser ninguém, nenhum outro que não ele mesmo. É a experiência de um isolamento, não de um apartamento, a descoberta de que se o eu não se empunhar, ninguém “o” poderá ser, e, se o eu não der conta de ser quem ele mesmo é, não terá paz nem será feliz

Dulce Mara CRITELLI

Trecho de Analítica do sentido