Um dos conceitos chave da fenomenologia-existencial é o ‘ser-para-a-morte’; o que isso quer dizer?
A morte é um fato que coloca em cheque as possibilidades existenciais do ser, da qual este ser tem constante consciência, mas o qual teme e o qual gostaria de evitar, se fosse possível.
A perspectiva da morte é a mesma que a perspectiva de não mais ser, de não haver mais possibilidades. Ao mesmo tempo que amedronta e nos coloca em situações de angústia, esse é um fator crucial para que busquemos nossos sentidos e formas mais próprias e autênticas de ser e viver.
É isso que nos lembra de cuidar da vida e de cuidar dos amores.
O luto é um tema comum no espaço terapêutico, seja este precedido por morte, por perda ou, simplesmente, pelo fim de uma forma de ver o mundo.
O luto abre espaço para aquilo que vem depois do fim, um novo começo.
Marina Lúcio Psicóloga / CRP MG 04/74007
“A dor pela morte de uma pessoa amada é diferente. Não há distância. Vem em ondas, paroxismos, apreensões súbitas que enfraquecem os joelhos, cegam os olhos e cancelam a normalidade da vida”
Trecho de
O ano do pensamento mágico
Joan Didion.